terça-feira, 14 de outubro de 2008

A COR DO TEMPO QUANDO FOGE - UM IMENSO RESTO!

"Roubei" o título desta aparição a Boaventura de Sousa Santos.
Não sei de que cor se trata.
Sei apenas que o tempo foge entre os meus dedos, sem que os consiga movimentar no sentido de agarrar esse foragido dos dias.
Registo apenas o carácter sinistro (já por mim aludido) da avaliação em curso aos Professores, por estes tempos absolutamente castrador de toda e qualquer veleidade pensadora.
Entre uma obediência canina e uma revolta silenciosa e de cada vez mais difícil contenção, os professores arriscam um catastrófico "ponto de não retorno" cujas consequências estão também e muito para além do seu futuro profissional.
No final de todo este processo, surgem derrotados os alunos, absolutamente relegados para segundo plano, a qualidade do ensino e, encabeçando a lista, o próprio futuro da nação.
Ou se salva o barco atirando "a gente ao mar" como canta Fausto, ou todo o barco se afunda e com ele todo o resto.
Um imenso resto!

1 comentário:

Madeiral disse...

Absolutamente verdade e verdadeiramente sentido. António escolheste as palavras certas e disses-te muita coisa do que se esta a passar actualmente em muitas das escolas deste país à beira mar plantado. Sem dúvida que no futuro imediato os alunos serão os mais prejudicados pela falta de tempo e atenção que os Seus Professores deixaram de lhe poder dispensar, mais tarde o próprio país, pela falta de qualidade intelectual que a obrigatoriedade de passar os alunos obriga neste momento.
Muito bem dizido (porque daqui a uns tempos até assim será normal escrever).