Esta ausência, entre o voluntário e o seu contrário, não me causa grande perturbação.
Estar alheado deste mundo e das suas palpitações é, não raras vezes, um exercício saudável e libertador.
Nestes dias de afastamento, algumas coisas aconteceram que talvez merecessem que sobre elas escrevesse algo. Contudo, o silêncio pareceu-me sempre mais apetecível do que perorar com maior ou menor acidez ou candura sobre elas.
Por exemplo, o que será possível dizer (passado este tempo) sobre o esfíngico congresso do PS ocorrido no passado fim de semana?
Apenas que ele foi o espelho de muito do que nos rodeia, isto é, uma actualidade "formatada", em que algumas cabeças regulam (tentam regular...) o que muitas outras devem pensar. Sócrates limitou-se a passear a "classe" perante os seus devotos e a ocupar espaço nas televisões, restando a sensação que, em termos práticos, aquilo foi zero e será zero, pois que, volvido este tempo, ninguém reteve meia amostra de uma ideia interessante para o futuro colectivo.
Por uma questão de higiene, alheei-me por completo dessa manifestação básica de formatação de pensamento que foi o pretérito encontro de "entretidos do poder, obedientes e admiradores do chefe de banda".
Como a Avestruz, preferi colocar a cabeça na areia e pensar que entre grãos de areia, asfixias prováveis e abafos certos, seria sempre preferível a deixar-me tocar por esse cavalgante propósito de "globalizar" pensamentos e atitudes, face à realidade observável e à não visível.
Este "Ataque de Caspa" é um local errante, que não se vende ao rebanho e, com os seus 10 ou 12 leitores, luta pela possibilidade de se poder escrever qualquer coisa, tenha o interesse que tiver, sem as subjugações partidárias, sem os interesses corporativos, sem que alguém determine o que pensar, escrever e ou praticar, sem que alguém limite ou estabeleça o alcance da liberdade
Num tempo de liberdades digamos que "algo beliscadas" pela cavalgada formatadora, há que manter identidades e consubstanciar a ideia de que é possível, inclusivamente, pensar em nada, escrever nada, dizer coisa alguma, quanto mais não seja, apenas porque apetece!
Estar alheado deste mundo e das suas palpitações é, não raras vezes, um exercício saudável e libertador.
Nestes dias de afastamento, algumas coisas aconteceram que talvez merecessem que sobre elas escrevesse algo. Contudo, o silêncio pareceu-me sempre mais apetecível do que perorar com maior ou menor acidez ou candura sobre elas.
Por exemplo, o que será possível dizer (passado este tempo) sobre o esfíngico congresso do PS ocorrido no passado fim de semana?
Apenas que ele foi o espelho de muito do que nos rodeia, isto é, uma actualidade "formatada", em que algumas cabeças regulam (tentam regular...) o que muitas outras devem pensar. Sócrates limitou-se a passear a "classe" perante os seus devotos e a ocupar espaço nas televisões, restando a sensação que, em termos práticos, aquilo foi zero e será zero, pois que, volvido este tempo, ninguém reteve meia amostra de uma ideia interessante para o futuro colectivo.
Por uma questão de higiene, alheei-me por completo dessa manifestação básica de formatação de pensamento que foi o pretérito encontro de "entretidos do poder, obedientes e admiradores do chefe de banda".
Como a Avestruz, preferi colocar a cabeça na areia e pensar que entre grãos de areia, asfixias prováveis e abafos certos, seria sempre preferível a deixar-me tocar por esse cavalgante propósito de "globalizar" pensamentos e atitudes, face à realidade observável e à não visível.
Este "Ataque de Caspa" é um local errante, que não se vende ao rebanho e, com os seus 10 ou 12 leitores, luta pela possibilidade de se poder escrever qualquer coisa, tenha o interesse que tiver, sem as subjugações partidárias, sem os interesses corporativos, sem que alguém determine o que pensar, escrever e ou praticar, sem que alguém limite ou estabeleça o alcance da liberdade
Num tempo de liberdades digamos que "algo beliscadas" pela cavalgada formatadora, há que manter identidades e consubstanciar a ideia de que é possível, inclusivamente, pensar em nada, escrever nada, dizer coisa alguma, quanto mais não seja, apenas porque apetece!
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