sábado, 31 de janeiro de 2009

PANELA DE PRESSÃO

O nome do blog antecessor deste, cai que nem ginjas sobre o que paira sobre a cabeça do Primeiro-Ministro.
A pressão aumenta na panela política.
Com a temperatura, é melhor usar luvas para não escaldar...
Vamos ver como e quanto tempo se aguenta o animal feroz!

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

EMOÇÕES


No editorial deste blogue, escrito há uns quantos meses, fiz questão de o dizer idiossincrático.
E é.
Nutro por ele uma estima e um desprezo em quantidades iguais, logicamente de geometrias opostas, pelo que me dou ao (des)prazer de nele colocar o que bem me apetece, desde palermices, a análise política (felizmente esconjurada daquela "esfera" politicamente correcta), passando por fotografias que vou obtendo nas voltas pelo mundo.
Ora, as voltas pelo mundo estão agora limitadas a uma corrida diária entre a escola e casa. Esgotam-se nas estradas que o carro devora com maior ou menor pressa. Ainda assim e na busca de gente na soleira de portas, cafés com vultos ao balcão bebericando conversas, miúdos atravessando ruas no desvario de bolas, mulheres dedilhando rosários de vida alheia, ou compadres comparando tintos em adegas, desvio-me, sempre que a higiéne mental o implora para atravessar lugares, fujo das vias rápidas, da sua pressa, do seu frio relacional, do perigo que elas transportam no seu regaço de cinzentos.
Busco aldeias, chaminés com fumos de culinária e lenhas, cães afoitos, gatos em espera de espinhas, sítios onde se respira e as árvores não pedem licenças ao betão...
Outras vezes, na falta de geografias calcorreáveis pelas rodas do carro ou pelas pernas que me amparam o peso, remeto-me à geografia larga (dada a tudo) da internet e da blogosfera em particular.
Entre muitos locais que visito regularmente, alguns assumem dianteira e deles tratarei em melhores núpcias.
Hoje, escrevo sobre dois blogues que se colocam a milhas luz deste Ataque de Caspa... Dois blogues de "Emoções"...
O Cidade dos Anjos e o More than words.
Não sendo eu um admirador de toda a poesia, nestes dois casos admiro (por cima do resto) a "coragem" que os seus dois autores revelam para se "exporem" tão desnudadamente na grande rede. É que mesmo que digam que a poesia que escrevem é de simples criação, arredada do que lhes vai na alma, lá no fundo (quem sou eu para o avaliar, pois que escrevo pelo que leio) esgrimirão os seus medos, paixões perdidas, anseios reprimidos ou fantaisas cumpridas e outras desejadas.
O autor do primeiro, que tenho o prazer de conhecer pessoalmente, surpreende pela nudez com que escreve, sendo homem, sem receio de se revelar ante a cortante transparência do que arrisca mostrar no fundo preto do seu blogue.
A segunda, que (não sei se em boa ou má hora) decidiu seguir recentemente este errático blogue, sendo mulher, deixa escapar entre os dedos que tacteiam as teclas, uma espécie de "streaptese da alma", quase sempre em chamas de sentimento.
São duas singelas e cristalinas provas de que a blogosfera se faz entre nomes "vulgares", ignotos e sem o cortejo mediático, às vezes pegajoso e laudatório, que caracteriza os círculos de famosos.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

COMOÇÕES

José Sócrates, como governante e na sua cruzada no caso Freeport, não me suscita meia lágrima de comoção.
Não é culpado de nada até que se prove o contrário. A justiça dos jornais é como o tempo que eles duram...
Também não me assusta um cabelo com o seu ar feroz, mesmo que faça o seu "número" duas vezes ao dia... Aliás, há cães que mostrando dentes, metem o rabo entre as pernas à primeira sapatada.
Defendo que ele chegue ao fim da legislatura e seja julgado pelo que fez e não fez, relativamente ao leme da pátria. Olhemos para as nossas vidas e meditemos!.
Mais...
Acho que deve ser ele a governar o país, mais quatro anos, para que os que ainda não perceberam a competência que ele brota de todos os poros e grisalhos cabelos, tenham tempo de o fazer.
Não há nada pior do que uma nação enganada!...

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

ERA

Era suposto escrever aqui, mais e melhor...
... Digo bem!
Era!...

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

TANTOS SINAIS - O sinal!


Depois de uns dias agarrado a outras escritas, tento recolocar a atenção no mundo exterior.
Volvida uma semana, algumas voltas do mundo se tornaram tão maduras na sua oferta de sinais que se torna complicado escolher O sinal...
Sem embarcar no coro de masturbados às voltas com posse de Obama e perante o nível de expectativa colocado às suas costas, temo que a desilusão seja proporcional à esperança.
Há um presidente e muitos presidentes na América tremelicante.
Ser pior do que o consulado Bush será difícil, mas poderá não ser como os desejos ardentes, sobretudo os da Europa que, na falta de heróis seus, descobriu em Obama, o redentor do mundo e o novo pastor de alguns rebanhos perdidos.
É fácil não lembrar que há uma passagem débil entre a realidade e a ficção.
Para bem de todos, a começar por Obama, era bom que a coisa fosse mais realidade e menos ficção. Os dias andados e as voltas do mundo quase sempre traçam o caminho, cruzam uma coisa e outra e acabam sendo, demasiadas vezes, algo cruéis...

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

OCUPADO

Regresso para breve...
...Em bom rigor, os 6 ou 7 "leitores" do blogue nem dão pelo silêncio.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

40

Hoje, apesar do cinzento do tempo, é um bom dia para cá chegar!
O que é preciso mudar para que tudo fique na mesma?!...

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

DUAS NOTAS SOLTAS QUE NÃO ME RALA UM CHAVO COMO VÃO FICAR


1 - Já aqui escrevi que detesto as adjacências do futebol que, raios as partam, são o que de mais há.
Terei sido um dos 35 portugueses que não participou na masturbação colectiva resultante da vitória do Cristiano Ronaldo (CR7) no prémio de melhor jogador da FIFA em 2008.
O meu sentimento perante a náusea que foi o cortejo de reportagens e directos sobre a "cerimónia" e respectivas laterais, vagueia algures entre o asco e a revolta. Entre elas, mal contive um vómito...

2 - Perdi o luar de Janeiro. Desde pequeno que todos os anos o espero. Sempre me disseram que ele é o primeiro, o mais claro, o mais brilhante. O ritmo da vida retirou-mo do olhar, as luzes da cidade ofuscam-no e vulgarizam-no, como vulgarizam as nossas vidas tanto quanto as apalermam.
Nem o "brilho" do CR7 chega (era o que mais faltava) para tapar a glória de um luar de Janeiro. Aliás, o senhor CR7 passará, o luar e a sua luz estão lá, fiéis há milénios, sem ganhar prémios, sem estampar Ferraris ou engatar beldades inchadas de silicone.

domingo, 11 de janeiro de 2009

TEXTOS ANTIGOS - I - Um sorriso por um folheto

Inicio aqui uma série de postas (sem aviso prévio) com textos escritos em papel, há alguns anos e que nunca foram lidos por ninguém, a não ser pelo seu "criador"...
Eles são o resultado de ideias que me vinham e ainda vêm à cabeça, sobretudo quando ando na rua, como é o caso deste que partilho, desde já, convosco.
-----+-----
Porque demoraste tanto a distribuir isso?
(folhetos de supermercado)
E não me lançaste nenhum sorriso quando me viste a dobrar a esquina da rua. Em vez disso, seguraste na merda dos papéis dos iogurtes e do salpicão da Alemanha, ainda por cima, papelada de gente que te paga migalhas e é podre de rica. Tu andas a pé e eles de Mercedes, gelam-te os dedos, depois tens frieiras e as pomadas custam-te menos duas ou três cervejas.
Mas nem sorriste, caramba!
Custava-te muito?
Trocavas o sorriso por um folheto. Era menos um que distribuías e ninguém dava pelo pecado e depois ais ao padre.
Bem sei e bem vês que o dia está cinzento, mas sabes que por cima das nuvens há sempre sol e os homens
(às vezes são gajas bem vestidas e lambest-e todo, digo eu)
do tempo também se enganam, mas sorriem sempre no fim, mesmo quando dizem que o tempo vai estar uma porcaria.

Tu é que não sorriste e devias. A minha alma pesaria menos, os folhetos distribuíam-se sozinhos, como se fossem hiperactivos e tivessem perninhas.
Agora vamos juntos pela rua, desviando-nos das pessoas nos passeios agarradas aos botões dos casacos e de cara no chão, nós dois com os folhetos debaixo do braço, jurando guerra ao suor do aperto dos sovacos, mesmo perto da garantia dos desodorizantes que desinfectam até as televisões e as rádios.
Mas agora que vais comigo, podes sorrir caramba. Não te custa nada, ou custa-te um folheto que como bem sabes vale uma descarga de sanita.
Pronto, vais dobrar outra esquina, desta vez comigo, vais demorar menos a distribuir os folhetos e vais largar um sorriso com o esmero de um pai feliz ou de um amante contente.

Escrito em Março de 2004

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

NA ESCOLA, SOBRE A ESCOLA E TANTO DELA

Hoje, numa reunião de pais para entrega de avaliação dos respectivos educandos, 40% foi o nível de abstinência.
A hora não serve de desculpa. Fim de tarde, início de noite, com o horário de trabalho já cumprido,
Sintomaticamente, ou não, os pais ausentes foram os dos alunos mais problemáticos e com piores notas.
A dúvida instalou-se no meu espírito...
- Os pais não se interessam porque sabem que os seus educandos são "maus"?
- Os alunos são "maus" porque os pais não se interessam meio átomo pela sua vida escolar?
E no Ministério da Educação? Será que as criaturas, entretidas em impingir modelos errados sobre adjacências ao processo de ensino-aprendizagem, percebem isto, sabem isto, agem sobre isto?
Penso que, face à realidade, lhes será apenas interessante produzirem/decretarem sucesso com base em "artefactos pirotécnicos", quase rigorosamente ao arrepio do que se passa no terreno.
A realidade é demasiado cruel para as suas cabeças e os seus propósitos de "sucesso governativo", num processo completamente artificial que almeja a manipulação do tempo histórico cuja velocidade, já se sabe, raramente corresponde ao que se espera/deseja.
Ainda assim, esta realidade não absolve o desinteresse crónico destes 40% de pais que são, por vezes, os primeiros a vir à escola "pedir explicações" quanto ao insucesso dos seus filhos, algumas vezes fazendo uso de argumentação física perante os professores que sacrificam, quer se goste ou deteste, a sua vida pessoal em prol da escola e dos seus alunos, aguardando nadas, na esperança de que esses pais, todos ou alguns, tenham um rasgo de bom senso e se desloquem à escola para perceberem muito, às vezes quase tudo, do que os seus filhos são ou não são!
Quando tal acontece, o primeiro impacto costuma ser forte na sua frieza.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

VOLTAS PELO MUNDO - III

Mais uma série de 6 fotos das voltas que dei pelo mundo em 2008. Muito paroquiais, bem sei, mas nem por isso monótonas.
Para melhor visualização, clicar duas vezes sobre as imagens!


Ao largo da Calheta, Madeira - Setembro


Foz do Arelho - Julho


Cabo Girão visto da Ponta do Sol, Madeira - Setembro


Aldeia de Sazes do Lorvão, Penacova - Junho


Fim de tarde sobre as desertas, Madeira - Setembro


F-16 a caminho de mais um voo, Monte Real - Julho

domingo, 4 de janeiro de 2009

TREMER


Imagem daqui

Tremo de emoção quando ouço na rádio (TSF) a equipa que vai "orientar" o senhor Engenheiro e Primeiro-Ministro ao seu congresso coreano-albanês de Fevereiro.
Todos nomes "sonantes da política" e da governação, (Santos Silva, Silva Pereira, Alberto Martins...) acrescentados da indispensável Edite Estrela.
Entre eles (alguns deles) e para "tratar" o poeta contestatário e dissidennte, a máquina de comunicação do PS, bem oleada, tratou de apresentá-los como "ex- apoiantes de Manuel Alegre".
Teremos, pois, um congresso interessantíssimo e plural. Como há pão, ninguém ralha perante o chefe que tem razão!
É por isto que eu adoro a política!...

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

VOLTAS PELO MUNDO - II

Tarde junto ao rio Mondego, Penacova - Novembro

Praia de Mira, Agosto

Fim de tarde, Funchal - Setembro

Foz do Arelho, Julho

Capela da aldeia do Caratão, Gois - Maio

Pérgula no Buçaco, Maio

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

HABITUEMO-NOS

Cavaco Silva, Presidente da República, está firme, continua firme no seu propósito de ajudar, o governo.
Nem mesmo o ter dito que "as ilusões se pagam caro" chega para beliscar o sucesso do senhor Engenheiro Primeiro-Ministro!
Depois "daquilo" dos Açores, a tempestade amainou (efeitos do anti-ciclone açoriano, que regra geral traz bom tempo...) e preparemo-nos, por isso, para mais quatro anos de "socratismo" e de "tecnobytes" quanto baste. Certamente pobretes, mas eventualmente alegretes!

Adenda 1: Não há que esperar nada mais de Cavaco. O seu discurso poderia ter sido lido há um ano, dois ou três atrás, como muito provavelmente poderá ser lido para o ano e para o outro que ninguém repara, ninguém liga ou notará diferença.
Um círculo é sempre um círculo e no caso, apenas o raio varia, conforme o tamanho que se quer...

Adenda 2: Agradecimento ao Pedro Correia do "Corta-fitas" pela simpatia em publicitar este pobre blog "cheio de caspa"!

Adenda 3: Mais fotos de voltas pelo mundo, amanhã!

2009

00:15H - 1 DE JANEIRO DE 2009

Bom ano para todos!